quarta-feira, 4 de novembro de 2009

porque sim....

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na semana passada falei aqui sobre independência emocional e a gestão (emocional) das relações.. tod@s temos as nossas dificuldades..

a este propósito, uma amiga, muito poli-céptica e firmemente monogâmica sequencial, afirmava que eu e eventualmente outras pessoas poliamorosas, tínhamos medo da ruptura. era por isso, garantia-me ela, que eu deixava que as minhas relações, em geral, não acabassem.

é claro que há relacionamentos em que a ruptura é inevitável e na minha vida já tive várias em que o único resultado possível era mesmo um corte definitivo. felizmente que foram poucas as situações que chegaram a esse ponto, sempre desagradável para tod@s @s envolvid@s. mas este facto não quer dizer que tenhamos medo da ruptura.

se calhar concordo com a minha amiga... talvez possamos mesmo dizer que não gostamos da ruptura, mas por esta representar uma perda irremediável de alguém que se ama e não por nos andarmos a esconder da realidade.

mas esta postagem levantou outra questão relacionada com a capacidade de assumirmos compromissos... outra amiga e ex-companheira de muitos anos acha que o poliamor é uma forma de podermos escolher com quem nos apetece estar a dado momento, assim evitando os "maus momentos", estando somente quando "está tudo bem"...

discordo desta tese... não acordo de manhã a pensar "hum, deixa lá ver com quem me apetece estar hoje... a aa está com o período, a bb está chateada com o marido, a cc está tpm, então vou jantar com a dd que começou um trabalho novo e deve ser boa companhia..." ... estamos com as pessoas porque as amamos, porque gostamos delas, simplesmente porque sim...

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