terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma família é uma família

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No divisão da casa que destinámos para ser escritório, uma de nós trabalha neste momento ao computador, um outro relaxa ao computador, os restantes conversam sobre não sei o quê, e eu blogo. Há bocado jantámos, três de nós. Os outros ainda não tinham chegado, jantaram uma hora depois. À hora de almoço, eu e outro estivemos a tratar de assuntos com bancos por causa de um crédito. Durante o dia, eu tratei de assuntos diversos, em casa, e os outros nos empregos deles.

Se não fosse o número de pessoas, o que poderia distinguir este relato de um dia normal de um casal? Se não fosse o facto de não haver aqui pais, mães e filhos, qual a diferença entre isto e a vida de uma família convencional? Quem detectaria, pela descrição, que isto só poderia ser uma família intencional?

Daqui a pouco a noite chega ao fim e vai cada um para o seu quarto. Ou talvez haja quartos com mais do que um. Conforme estivermos ou não para aí virados.

Seis semanas ainda é uma experiência muito curta, claro, mas estou mesmo em crer que isto é para durar.

Uma amiga nossa escreveu há pouco no Facebook: "eh pá, grande grande pinta, tiro-vos o chapéu, vocês são fonte de inspiração…" Sabe bem ouvir isto. Qual activismo em marchas e encontros! Se a minha família for realmente fonte de inspiração, que o seja, e para quanto mais gente melhor.

Obrigado à Kerista e aos restantes pioneiros por terem contribuído para espalhar o conceito de não-monogamia responsável.

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