domingo, 27 de março de 2011

Grafitti

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Gostemos ou não deste tipo de arte de rua, achemos ou não que ela tem um espaço e uma função próprias. Mas esta arte, como outras, significam sempre alguma coisa.

Há poucos dias recebemos uma fotografia tirada na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, que deixamos aqui (ou aqui em tamanho completo):

Fotografia de Ângela C. Almeida


O poliamor está na rua. E olhem para os vários elementos da imagem: a cor escolhida (cor-de-rosa); o coração preenchido ao invés de apenas delineado; por fim, um pormenor especialmente delicioso - o poliamor vivido por uma tríade de mulheres, que parece remeter para algumas das origens avant la lettre do poliamor, que une tão belamente dois tópicos já de si profundamente associados (questões LGBTQI e poliamorosas).

Mais do que programas de televisão, rádio, entrevistas e jornais - este acto irá alargar o número de pessoas que alguma vez leram esta palavra. Irá tirar, todos os dias, para milhares, o substantivo da ignorância e do silêncio. Cabe a quem o vir, depois, usar e usurpar a palavra, descobri-la e inventá-la.

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